O que é inteligência emocional e como desenvolvê-la nas crianças?
A inteligência emocional se tornou um tema muito debatido nos últimos anos, dentro do universo virtual e do presencial. Palestras de coaches, livros sobre o tema e até mesmo cursos passaram a fazer sucesso entre a parcela adulta da população. Mas e as crianças? Elas também podem ter a sua inteligência emocional desenvolvida?
A resposta é sim! Os estímulos planejados para os adultos não funcionam com os pequenos, mas é possível estabelecer novas estratégias com a ajuda de jogos de raciocínio, dinâmicas e atividades lúdicas.
Afinal, o que é a inteligência emocional?
O que chamamos de inteligência emocional pode ser definido como a capacidade de identificar e lidar com as emoções. O conceito se aplica tanto aos sentimentos do próprio indivíduo quanto aos sentimentos daquelas pessoas que o cercam no dia a dia.
A teoria parece simples, mas, na prática, sabemos que nem sempre é fácil lidar com o que sentimos. E se os adultos já possuem essa dificuldade, as crianças têm uma barreira dupla: a de ainda estar se conhecendo e se situando no mundo que os cerca.
Apesar das barreiras, é possível, sim, que as crianças atinjam esse equilíbrio emocional. Para isso, é essencial que os adultos à sua volta colaborem com o processo e o tornem o mais simples e natural possível.
Ensine as crianças a identificar as emoções
Mesmo depois da vida adulta, quem nunca teve dificuldade de identificar ou verbalizar um sentimento? O processo nem sempre é fácil, não é à toa que muitos adultos recorrem à terapia para entender o que sentem. As crianças, por sua vez, ainda possuem a dificuldade de estar aprendendo a identificar e nomear sensações.
Para facilitar o processo, os pais ou responsáveis podem trazer dinâmicas, jogos lúdicos e até mesmo desenhos que tratam do tema para a brincadeira. Um exemplo bem conhecido é o longa “Divertida Mente”, que mostra o funcionamento das emoções de uma criança de forma lúdica e compreensível para os pequenos.
Incentive a expressão no dia a dia
Não basta saber identificar os sentimentos, é preciso entender como expressá-los. Durante os primeiros anos de vida, as crianças recorrem ao choro para demonstrar qualquer desconforto: fome, frio, sono, cansaço… Com seu aparato limitado, elas se comunicam como podem com os adultos.
Depois que elas desenvolvem a fala, é importante continuar estimulando essa comunicação de forma cada vez mais clara e assertiva. É essencial que os adultos respeitem as reações dos pequenos e os eduquem quando esses reflexos forem desproporcionais. Para que a comunicação se torne efetiva, a dica é sempre manter um ambiente respeitoso e de aprendizado.
Seja o exemplo que ela precisa
Não basta incentivar que as crianças tenham inteligência emocional, é preciso ser um exemplo para elas. Se você não deseja que os pequenos gritem em momentos de raiva, é preciso que você mesmo se contenha quando algo dá errado no dia a dia. O mesmo vale para o choro excessivo, as discussões desnecessárias e outras situações de desequilíbrio.
Ao observar que os adultos também se esforçam para manter a inteligência emocional, as crianças entendem que é possível ter uma vida mais equilibrada e que isso é positivo para o cotidiano. Lembre-se: você é o maior exemplo para os pequenos.
Dê autonomia aos poucos
A autonomia é parte fundamental da inteligência emocional. É claro que as crianças precisam de supervisão, mas deixar que elas enfrentem problemas e desafios de forma mais independente colabora para o amadurecimento e aprendizado. O ideal é que essa liberdade seja dada de forma gradativa, de acordo com a faixa etária de cada criança.
Deixe o seu comentário! Os comentários não serão disponibilizados publicamente
Os comentários estão fechados.