Novidades que a revolução digital trouxe para o mercado financeiro
Costuma-se dizer que o Brasil conta com um dos sistemas bancários mais avançados do mundo — o que é verdade. A revolução digital trouxe uma onda de inovações e transformações para o mercado financeiro, e uma das maiores delas veio justamente do Brasil: o Pix.
Essa revolução, no entanto, consolidou-se após 2009, quando a invenção do Bitcoin trouxe ao mundo o poder das criptomoedas. A princípio rejeitadas pelos bancos, as criptomoedas mudaram profundamente a forma como as instituições financeiras operam.
Um exemplo disso é o TRUF, token da rede Truflation, que utiliza a blockchain para trazer dados financeiros de forma mais transparente aos investidores. Dessa forma, as criptomoedas ajudaram na automatização de processos e inspiraram uma verdadeira revolução que será o tema do texto de hoje.
Bancões vs fintechs
Talvez o maior exemplo de como a revolução digital trouxe benefícios está nas fintechs, startups que facilitam o acesso a serviços financeiros. Um grande exemplo dessas fintechs são os bancos digitais, que possuem uma grande facilidade de acesso e abertura de conta.
No Brasil, o maior exemplo de fintech é o Nubank, que surgiu em 2013 e hoje conta com mais de 85 milhões de clientes. O Nubank surgiu com a proposta de trazer um cartão de crédito sem anuidade e sem taxas ocultas, indo na contramão dos grandes bancos que empurravam taxas e mais cobranças aos clientes.
Mas antes do Nubank, plataformas como PayPal, Venmo e Square já haviam revolucionado a maneira como transferimos dinheiro. Elas permitem o envio de transações de forma rápida, com taxas muito mais baixas do que as cobradas pelos bancos, o que faz você economizar mais dinheiro e poder investir melhor.
Por esse motivo, as fintechs ganharam o carinho dos brasileiros — e também seu dinheiro. Uma pesquisa da Zetta mostra que entre 2022 e 2023 o número de contas abertas em fintechs e bancos digitais saltou 77%, indo de 142 milhões para 251 milhões de contas.
Benefícios
O maior benefício das fintechs é a redução de custo que elas oferecem ao cliente, pois são empresas 100% digitais. Em razão disso, o processo de abertura de conta é simplificado, não exigindo o envio de documentos em excesso nem idas a agências.
Aliás, como as fintechs não possuem um grande número de agências, o custo fixo de suas operações é muito mais baixo. Logo, elas podem oferecer produtos com isenção de taxas ou até descontos nos juros do cartão de crédito, por exemplo.
Outra vantagem das fintechs é o atendimento menos padronizado e com mais foco nas necessidades de cada cliente. Esse tom “pessoal” leva os clientes dessas empresas a terem mais fidelidade, o que ajuda a construir uma relação próxima entre o cliente e a fintech.
Criptomoedas e blockchain
Como mencionado, a verdadeira revolução nas finanças começou após o surgimento da primeira moeda digital 100% funcional do mundo, o bitcoin. A criação de Satoshi Nakamoto foi uma das inovações mais revolucionárias da história recente, permitindo a criação de um dinheiro que não é controlado por nenhum banco, estado ou grande corporação.
Essa descentralização tem como um de seus principais componentes a blockchain, uma espécie de livro-razão digital descentralizado que registra todas as transações feitas com uma criptomoeda. Apesar de qualquer pessoa poder auditar e verificar as transações na blockchain, ninguém tem controle sobre ela.
Como resultado, a blockchain permite o registro de operações financeiras com segurança e confiabilidade. Além disso, as criptomoedas também oferecem transações rápidas 24 horas por dia, sete dias por semana. Isso fez com que elas servissem de inspiração para a criação do Pix, que surgiu no Brasil em 2020.
Em suma, a blockchain tem potencial para transformar diversas áreas do mercado financeiro, desde a liquidação de transações até a gestão de ativos. Pela sua agilidade, elas são a ferramenta mais eficiente para a realização de grandes pagamentos internacionais de forma rápida e com taxas irrisórias.
Democratização das finanças
Segundo dados do Banco Mundial, mais de 25% da população da Terra (cerca de 2,5 bilhões de pessoas) não possui acesso a contas bancárias. Essas pessoas não conseguem receber pagamentos e não têm acesso a investimentos.
Entretanto, com o crescimento das fintechs e das criptomoedas, essa situação começa a mudar. Qualquer pessoa pode, usando um simples smartphone, abrir uma conta numa fintech ou criar uma carteira de criptomoedas. A revolução digital trouxe uma vasta gama de inovações que estão transformando o mercado financeiro de maneira profunda e rigorosa. Essas revoluções mostram o poder que a inclusão financeira pode trazer ao mundo, beneficiando pessoas das mais variadas classes sociais.
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