
Criptomoedas revolucionam o mercado de lives e ampliam opções de pagamento para streamers
Há algumas décadas, realizar uma transmissão ao vivo era uma operação cara e restrita a grandes eventos. Hoje, fazer uma live para milhares de espectadores se tornou uma prática diária e, para muitos, uma profissão consolidada.
A popularização das lives ganhou ainda mais força com a pandemia da Covid-19. Segundo pesquisa da Capterra, o consumo de podcasts e transmissões ao vivo aumentou 88% entre os brasileiros. O ato de “streamar“, antes um hobby, tornou-se um trabalho que exige dedicação e frequência.
Com essa mudança, empresas que trabalham no mercado de stream precisaram evoluir suas formas de monetização para atender às novas demandas dos criadores de conteúdo.
Entre as principais adaptações, as opções de pagamento ganharam destaque, abrindo caminho para alternativas inovadoras, por exemplo, as criptomoedas.
Como funciona a monetização nas plataformas de live?
Para entender como as criptomoedas chegaram às lives, é essencial conhecer o modelo tradicional de remuneração dos streamers.
O pagamento nessas plataformas ocorre por meio de um sistema de monetização baseado em porcentagens e múltiplas fontes de receita.
Atualmente, Twitch e YouTube Live remuneram os criadores por meio de assinaturas, doações — conhecidas como “bits” na Twitch e “superchats” no YouTube — e compartilhamento de receita publicitária.
Na Twitch, por exemplo, os streamers afiliados e parceiros recebem uma porcentagem do valor pago pelos assinantes de seus canais e outra parte fica com a plataforma. Já no YouTube Live, a principal fonte de remuneração vem dos anúncios exibidos durante as transmissões e do programa de membros
Com a diversificação dos meios de pagamento, novas opções começaram a surgir, e as criptomoedas passaram a ser vistas como uma alternativa viável para aumentar a flexibilidade financeira dos criadores.
A ascensão das criptomoedas no universo das lives
As criptomoedas são ativos digitais descentralizados, que utilizam a tecnologia blockchain para garantir segurança e transparência nas transações.
Diferente das moedas tradicionais, elas não são emitidas por governos ou bancos centrais, funcionando por meio de um sistema de registro distribuído.
O Bitcoin, lançado em 2009, foi a primeira criptomoeda e abriu espaço para diversas outras, como Ethereum e Binance Coin. Seu valor é determinado pela oferta e demanda, sendo amplamente utilizadas em investimentos, pagamentos e inovações financeiras.
No setor de streaming, a possibilidade de recebimento via criptomoedas se tornou realidade com a IOXtream, experiencetech brasileira especializada em tecnologias para experiências ao vivo. A startup permite doações em BTC, ETH e Ada.
Segundo Lucas Longhi, CEO e fundador da IOXtream, o objetivo é trazer liberdade para os streamers na gestão de seus ganhos: “fazemos o acompanhamento das principais criptomoedas para entender o que de melhor podemos oferecer. Confiamos que possuir um leque mais amplo para monetizar as lives incentiva diretamente o profissional”, explica Longhi.
A experiencetech lançou recentemente a Xpaper IO Agents, ferramenta que traz um nível maior de exclusividade e trabalha com a Cardano (ADA), plataforma blockchain criada em 2015 por Charles Hoskinson, co-fundador da Ethereum.
O futuro dos pagamentos em lives
A tendência é que os pagamentos via criptomoedas cresçam à medida que mais plataformas integrem essa opção aos seus sistemas. A descentralização das transações e a eliminação de intermediários podem tornar os repasses mais ágeis e acessíveis para streamers de diferentes partes do mundo.
Além disso, a adoção de blockchain nas plataformas pode garantir mais transparência e segurança, reduzindo problemas como taxas abusivas e atrasos nos pagamentos. Com a evolução constante do setor de streaming, novas formas de monetização continuarão surgindo, tornando o mercado cada vez mais dinâmico e inovador.
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